Caso Jacob Blake reacende protestos contra racismo nos EUA

Três meses após o fim trágico de George Floyd, de 46 anos, morto após ser asfixiado por um policial branco, os EUA e parte do mundo foram impactados novamente por mais um caso de violência contra a comunidade negra. Jacob Blake levou sete tiros dos policiais após apartar uma briga, no último dia 23, na cidade de Kenosha, Wisconsin. O vídeo do momento, compartilhado nas redes sociais pelo vizinho da vitima, mostra Blake sendo alvejado pelas costas, na frente dos filhos ao tentar entrar em seu carro.

Em entrevista para a imprensa norte-americana, o pai de Blake afirmou que o filho está em estado estável, mas “paralisado da cintura para baixo” e os médicos ainda não sabem se o caso é reversível.

O ato desencadeou uma nova onda de protestos a favor das vidas negras na cidade do crime. Duas pessoas foram baleadas durante as manifestações. 

Ainda no começo de agosto, em apoio ao caso de George Floyd e dos diversos casos crescente de violência racial, artistas se juntaram à Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (UNESCO) em um vídeo para uma campanha intitulada - “Unidos Contra o Racismo”. Entre as personalidades, está o cantor e compositor brasileiro Gilberto Gil.

Na ação, é possível ver mais personalidades como, Freida Pinto e Naomi Campbell; os embaixadores de boa vontade da UNESCO Jean-Michel Jarre, Jorge Ramos, Sumaya bint Al Hassan, Bobi Wine, Herbie Hancock e Forest Whitaker; os artistas pela paz da UNESCO Marcus Miller, Yalitza Aparicio, Rossy de Palma e Gilberto Gil; os campeões pela educação de mulheres e meninas da UNESCO Nadia Nadim, Amadou Gallo Fall e Ada Hegerberg.

Presente na luta do combate ao racismo desde sua criação, em 1945, a UNESCO protocolou – em 1978 – a Declaração sobre Raça e Preconceito Racial – reafirmando igualdade entre os povos, sem distinção de origem e raça.