Plan International Brasil e UNICEF unem forças para promover o empoderamento de meninas em São Paulo

Por Julia Bispo
22.09.2020

 

O Brasil está entre os países com maiores números de estupros. Esses dados aumentaram 5% entre 2017 e 2018. Como forma de combater a cultura do estupro, a Plan International Brasil e o Fundo das Nações Unidas para a Infancia (UNICEF) formaram uma parceria para promover o emporaderamento de meninas nas periferias de São Paulo.

Com o nome de Minhas Escolhas o projeto contemplará 80 meninas de 15 a 19 anos que receberão conhecimento sobre seus direitos, gravidez na adolescência, prevenção da violência on-line e física. A ideia é que essas meninas repassem o que aprenderam com as aulas e disseminem a informação para mais de 800 adolescentes

Uma pesquisa da Secretaria Municipal da Saúde de 2018 mostrou que há mais chances de um bebê nascer de uma adolescente na região de Parelheiros do que em Moema. De modo geral, no país, 53 a cada mil meninas se tornam mães antes dos 20 anos.

Ainda segundo a UNICEF e dos dados da Secretária de Segurança Pública de São Paulo, em 2018, mais mil adolescentes foram vitimas de violência sexual na cidade de São Paulo - levando em conta que esse dado contempla apenas casos que foram denunciados. 

 

Cartografia do estupro no país

No Brasil, existe uma urgência em combater o estupro. A maioria das vítimas são mulheres (81,8%), contra homens (18,2%), isso considerando que boa parte dos casos não são denunciados às autoridades.

Estados como Santa Catarina, Mato Grosso do Sul e Rondônia com os maiores casos de estupros a cada 100 mil habitantes. Paraná, Tocantins, Roraima, Pará e Goiás vem logo em seguida. 

Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2019. A cada 100 estupros, 63,8 são contra vulneráveis, a maioria, crianças de até 14 anos. As regiões mais afetadas mostra a gravidade do problemas no país. Locais em que não há ações do governo para promover a segurança dessas meninas e diminuir os casos de pedofilia, comumente praticados - de três a cada quatro agressores - são conhecidos ou familiares das vitímas.

Os temas abordados no programa serão: ser assertiva, ter consciência de gênero, ter autoconfiança corporal, estar informada sobre saúde sexual e reprodutiva, desfrutar de direitos sexuais e reprodutivos com responsabilidade, viver livre da violência baseada em gênero, ser economicamente empoderada, e dialogar sobre gênero com meninos.

 

Acesse os dados da Cartografia AQUI

 

Imagem destaque: Site Unicef


Julia Bispo

Por Julia Bispo

Jornalista, possui experiência em produção de conteúdos voltado à comunicação social. Já atuou com assessoria de imprensa e comunicação interna, nas áreas de Saúde, Beleza, Bem-Estar, Varejo e Negócios.

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