Cursinhos populares


 

Cursinhos populares têm surgido, nos últimos anos, para democratizar o acesso dos jovens ao ensino superior. São iniciativas direcionadas principalmente a jovens negros de baixa renda e, no geral, possuem gratuidade. Em 2017, cerca de 78 dessas instituições reuniam mais de 5000 estudantes na Grande São Paulo, segundo levantamento do Arcadas - pré-vestibular gratuito mantido por alunos da faculdade de Direito da USP.

“O cursinho nivela as oportunidades, porque não nos falta genialidade, nós somos inteligentes. O que nos falta é só conteúdo e nós podemos alcançar o que qualquer ser humano alcança, independente da etnia”, afirma ao Agência Mural, Juliana Felix, 36 anos, moradora da favela São Remo, mãe, negra e que, atualmente, exerce um trabalho em período integral.

Possível solução para a defasagem no ensino básico público, que distancia pessoas em situação socioeconômica desfavorecida, os cursinhos populares tornam o acesso de diversos jovens às universidades públicas uma opção condizente com a própria realidade.

De acordo com o relatório Education at a Glance da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em 2016, apenas 16,3% da população brasileira com idades entre 25 e 34 anos havia completado o ensino superior. Em relação aos estudantes que ocupam as universidades, um levantamento de 2015 do IBGE aponta que, entre jovens negros de 18 a 24 anos, apenas 12,8% se encontra no ensino superior, enquanto o número de brancos na mesma situação é de 26,5%. Somente 30% das matrículas nas faculdades são de pessoas negras.

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