A atemporalidade de Medeia: ciclo de debates acerca do mito grego “Medeia” e sua contemporaneidade

Por Usina dos Atos
22.08.2020

 

O mito de Medeia até os dias de hoje já passou por variadas interpretações e análises. Desde a mais clássica tragédia dramatúrgica do grego Eurípedes, datada de 431 a.C., até a contemporânea obra teatral “Medeias vozes”, do grupo gaúcho Oi Noiz aqui Traveis. Mas em todas tem algo em comum, a figura feminina

Dentro de todas essas releituras, surge o evento Ciclo de Leituras “Medeias: mito e atualizações” que acontecerá virtualmente em quatro sábados, de 22/08 até 12/09, das 15:00 às 17:00. Esse ciclo é organizado pelo “o Bairro” que visa aproximar por meio virtual um diálogo sobre arte, cultura e humanidade. Nessa temática, em cada encontro haverá um enfoque, sendo eles em ordem cronológica: Leitura dramática com discussão dos temas abordados; Cine Leitura: Medeias Contemporâneas; Debate: a atualização do mito; vivências teatrais: E aí? Você mata quem?.

Dentro de todo esse apanhado de conteúdo, destaca-se a dramaturgia que será lida “Mata Teu Pai”, de Grace Passô. Atriz, encenadora e dramaturga. Uma mulher negra que traz em sua dramaturgia pautas raciais e de gênero, que reflete na escrita, suas próprias vivências de forma poética e envolvente. Por isso, além de se estabelecer conexões de forma crítica com um mito clássico e uma tragédia grega, conhecer novas dramaturgias da contemporaneidade é expandir muitos horizontes. 

SOBRE O MITO

O mito vai tratar de uma feiticeira que matou seus próprios filhos por ódio e amor. Resumidamente, o mito narra sobre Medeia, uma mulher que amou profundamente o seu marido, Jasão. Porém, seu companheiro conhece Glauce, filha do rei Creonte, e por essa princesa ele se apaixona decidindo ficar com ela. Todos, principalmente o rei, com medo do que Medeia poderia fazer em razão dessa infidelidade, a designa ao exílio. Exteriormente demonstra arrependimento e aceita seu destino, por dentro planeja uma vingança. Antes do dia de sua partida, presenteia a princesa e o rei. Ao tocarem nas peças são amaldiçoados e mortos com o veneno posto pela presa. Sucedido isso, sabendo que a única forma de fazer seu Jasão sofrer por conta de traição, decide matar seus filhos. Embora saiba que a sua dor vai ser grande, decide continuar com o plano.

 

 


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