Conhecida por sua pluralidade cultural, a capital paulista teve os próprios moradores e seus gostos como objetos de análise. Entre os dados animadores obtidos estão os fatos de a maioria dos habitantes demonstrar interesse em eventos culturais, especialmente os gratuitos, como aqueles promovidos pela prefeitura. Nesses casos, os únicos empecilhos seriam preocupações com segurança e multidões, além da distância.
Falando em resultados específicos, é possível notar que o cinema é o local mais frequentado por aqueles que buscam explorar atividades desse tipo. As festas populares de rua ficaram e os shows também ganharam muitos adeptos. Já entre as menos escolhidas encontram-se saraus e slams, além de espetáculos de dança e concertos. Um pouco mais, mas não tão queridos assim, são museus e teatro.
A parcela que afirmou não frequentar nenhuma das atividades na lista é primordialmente caracterizada por pessoas de baixa escolaridade, autodeclaradas pretas e pardas, pertencentes à classe C e moradoras da região leste. As barreiras são claras: boa parte dos entrevistados alegou que um preço razoável ajudaria a aumentar a frequência de vezes que dedicam à cultura, além de uma distância menor dos locais de onde moram e meios de transporte facilitadores.
Quanto aos hábitos de leitura, os paulistanos que leram pelo menos um livro inteiro nos últimos meses são principalmente mulheres com ensino superior, que possuem de 25 a 34 anos, residem na zona oeste, além de serem brancas e possuírem renda familiar acima de cinco salários mínimos. Falta de afinidade e de tempo foram os motivos mais alegados por quem não cultiva o hábito.
As evidências apontadas, portanto, são de que tanto a descentralização de atividades quanto a democratização de preços de eventos e obras artísticas tornariam ainda maior o interesse dos residentes da cidade por estes, uma vez que a demanda já existe. Devem ser supridas, dessa forma, as necessidades de uma parcela da população que ainda não é suficientemente atendida.
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