#FicaQuilombaque: Comunidade cultural realiza campanha para permanecer em sua sede

Por Pietro Mariano
21.09.2020

 

Crédito Imagem: Divulgação Facebook

 

Atuando a quinze anos, dos quais treze no atual endereço, a Comunidade Cultural Quilombaque enfrenta grandes riscos de perder sua sede no bairro do Perus, periferia da zona norte da capital paulista. Apesar de ter os aluguéis em dia, a instituição explica que o proprietário do terreno tem dívidas e necessita vender o imóvel. Com isto, foi iniciada a campanha pela compra definitiva do espaço para que o grupo não seja despejado. 

Criado no ano de 2005 por jovens, artistas e ativistas culturais do bairro da zona norte paulistana, o grupo se dedica a atividades culturais que promovam a garantia de direitos, oferecendo atividades ligadas às artes, economia solidária e desenvolvimento sustentável, visando a transformação das perspectivas dos moradores do entorno. Com intensa participação na comunidade local, o Quilombaque quebrou barreiras e se tornou referência em projetos e ações socioculturais, educacionais e artísticos na cidade de São Paulo, valorizando a cultura negra e periférica bem como as práticas e saberes populares.

Artistas como Thaíde e Djonga, além do ator João Miguel Leonelli participam da campanha #FicaQuilombaque nas redes sociais. As doações podem ser realizadas por meio do site Vakinha ou por transferência bancária, também disponível no site da campanha.

Acompanhe a Quilombaque no Facebook e Instagram e participe da divulgação da campanha com a hashtag #FicaQuilombaque nas redes sociais.

 

Crédito Imagem: Divulgação site

 

DIFICULDADES FINANCEIRAS ATINGEM DEMAIS GRUPOS NA CIDADE DE SÃO PAULO

 

Grupos como a Cia. Pessoal do Faroeste, que atua no centro da capital, e o Cine Quebrada, na zona leste, também enfrentam dificuldades para manter seus espaços. Com ordem de despejo expedida em função do atraso do pagamento de aluguéis, a companhia de teatro lançou uma campanha de arrecadação por meio da plataforma Abacashi.

Já o projeto localizado na Cohab Juscelino Kubitschek, em Guaianazes, encara um impasse com o governo estadual: o grupo tenta transformar uma escola desativada como sede de suas atividades e iniciou uma campanha no site Vakinha para a adequação do espaço. O coletivo também realizará um mutirão nos dias 3 e 4 de outubro para a realização das reformas.

 

Fontes: Revista Agora São Paulo, Facebook.

 


Pietro Mariano

Por Pietro Mariano

Formado em Filosofia e estudante de Letras, desenvolve atividades de pesquisa sobre Direitos Humanos no Brasil junto à Unifesp

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