Capão redondo: 107 anos de história


 

Muito conhecido pelo Rap e pela violência, o Capão Redondo, que chegou a ser chamado como “triângulo da morte” nos anos 1990, completa 107 anos de história, em que o principal destaque do bairro são os movimentos de luta por moradia digna.

O nome do bairro foi dado devido a sua geografia de aspecto arredondado, e até 1970 era uma área de grande mata virgem. Situado em um ponto de transição de outros bairros da Grande São Paulo, logo atraiu novos moradores de bairros vizinhos.

“Quando eu cheguei aqui no Capão Redondo fiz o primeiro barraco na favela do Jardim Comercial”, diz Pedro Ricardo de Alencar, 75, ao Mural BlogFolha. Seu Pedrinho, como é chamado, é presidente da Associação de Moradores do Jardim Comercial e Adjacências, organização fundada em 1981 com o objetivo de atuar na luta por moradia.

Em um bairro em formação, nos anos 80 não havia asfalto, saneamento básico, água ou luz, e dificuldade de meios de transporte. O primeiro mutirão do bairro construiu 628 casas, onde cada família responsável pelo lote realizava a construção da obra. O movimento e a rua ficaram conhecidos como Mutirantes.

Característica do bairro é também os “predinhos” que estão presentes por todo o bairro. De acordo com a Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo, o número de habitações, casas e apartamentos do conjunto Habitacional Adventista é de 4.082 unidades.

Um bairro cheio de história e luta por uma causa essencial que é a habitação, construída através do coletivo, das articulações da comunidade e do desejo de ter e garantir moradia digna a todos.

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